quinta-feira, 16 de julho de 2015

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escrever. por dentro do corpo e em palavras grossas. que o amor haveria daqui voltar. que as florestas sem nome onde encostar o corpo nas manhãs cinzentas. dariam lugar a largas praias. feitas de azul mar e areias finas - gostaria de contar-te como a felicidade me encontrou num dia ameno de maio. de te dizer das mãos sempre dadas às minhas. como se a minha vida agora finalmente se concretizasse - haverias de te rir de mim. das saudades que julguei não mais ter por nenhum homem. haverias de me dizer que o coração de amor se faz. que não houve nenhum amor antes deste. porque este estava já escrito e só este é meu - haverias de me olhar fundo. por dentro da alma . e ao encontrares esta luz forte. de que agora sou feita. haverias de me dizer: vai. não tenhas medo. nenhuma noite te fará mais mal do que essas por que passaste. nenhum perigo te alcança lá onde os vossos corpos juntos - e eu nunca mais teria medo e haveria de ir para sempre - só agora sei porque me foi dado um corpo assim tão frágil. capaz de se encontrar com a beleza do mundo. todos os dias. foi para que a pudesse partilhar com ele - ele que tem um nome próprio do meu. 








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