tag:blogger.com,1999:blog-41446590268903192782024-02-07T12:58:07.075+00:00na rua de cimamarhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.comBlogger1057125tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-71207004354564866732023-08-08T00:05:00.004+01:002023-08-08T00:06:27.119+01:00<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimONUaRquX9CCNfKzc6Jw-18Vocpjz2xpUE-NrmuMuX_WLqCjzWtg1IJPo8xV_pZLaUk1fhnSVbHUpEk_P2Xu86GQXHsSDu5kFQYrBnIUzz21Li_tVpItCJCwI0sNKcrZRLRRpABaMQvFRPdEWP4Xw4whWg4E6Aoeo02x3ACKzLt0JGp_HjhadHoE4Bw/s1200/1055877_1_l.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="879" data-original-width="1200" height="293" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimONUaRquX9CCNfKzc6Jw-18Vocpjz2xpUE-NrmuMuX_WLqCjzWtg1IJPo8xV_pZLaUk1fhnSVbHUpEk_P2Xu86GQXHsSDu5kFQYrBnIUzz21Li_tVpItCJCwI0sNKcrZRLRRpABaMQvFRPdEWP4Xw4whWg4E6Aoeo02x3ACKzLt0JGp_HjhadHoE4Bw/w400-h293/1055877_1_l.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>laura makabresku </b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><br /><br />“(...)<br /><br /><br />e nunca me disseram o nome daquele oceano<br />esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas<br />punha-me a olhar a risca do mar ao fundo da rua<br />assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar<br />se espantasse com a minha solidão.<br /><br /><br />(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)<br /><br /><br />um dia houve<br />que nunca mais avistei cidades crepusculares<br />e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta<br />inclino-me de novo para o pano deste século<br />recomeço a bordar ou a dormir<br />tanto faz<br />sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade” <br /><br /><br /><b>al berto<br /></b><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />vou parir pela manhã a primeira flor na boca. uma palavra antes de ser primavera - trago no colo o infinito. o bréu da noite estrelada - sou do mundo mas o mundo não é meu - onde estás mãe que não te encontro nas estrelas - quando morrer vou para o céu. mas não vou com pressa porque amo a vida. as árvores e a tua pele - no teu corpo escrevi palavras eternas - espera - em que dia estamos. que tempo é este que já não é teu - respiro fundo - recordo-me dos teus lábios azuis gelados. num suspiro a vida fugiu-te. o coração vazio - eu grito e esperneio por dentro. porque a pele não permite que a dor se expresse - sem ar - volta depressa esta noite. mãe - sangue inquieto nas veias. corpo dormente. a vida está ausente - pausa - perder-te para me encontrar. sempre e cada vez mais. agora. <br /><br /><br /><br /><br /><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /> </p>marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-78298490285909286672023-07-25T21:55:00.001+01:002023-07-25T21:55:14.050+01:00<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoVaTZw2baDTaHgqpvb1TqjbdWbqzn7riDIOHOLyTe1CHDF_25C7werBAt5vF7_H1FdeqsVBnnaSya5pwM2gTnDaNo5K0kfz13Arj_qNxUVO_cFWBmD-0sdGxe0_OFSN477Dv6daaRrJiXs5q4izvr3ouxKW2jF6f0YP-rP1hz4zEWj5EE13Dw6kz7Aw/s1501/ZWIASTOWANIE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1501" data-original-width="1500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoVaTZw2baDTaHgqpvb1TqjbdWbqzn7riDIOHOLyTe1CHDF_25C7werBAt5vF7_H1FdeqsVBnnaSya5pwM2gTnDaNo5K0kfz13Arj_qNxUVO_cFWBmD-0sdGxe0_OFSN477Dv6daaRrJiXs5q4izvr3ouxKW2jF6f0YP-rP1hz4zEWj5EE13Dw6kz7Aw/s320/ZWIASTOWANIE.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><b> laura makabresku</b></div><p></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p>Aquilo que ontem cantava<br />já não canta.<br />Morreu de uma flor na boca:<br />não do espinho na garganta.<br /><br />Ele amava a água sem sede,<br />e, em verdade,<br />tendo asas, fitava o tempo,<br />livre de necessidade.<br /><br />Não foi desejo ou imprudência:<br />não foi nada.<br />E o dia toca em silêncio<br />a desventura causada.<br /><br />Se acaso isso é desventura:<br />ir-se a vida<br />sobre uma rosa tão bela,<br />por uma ténue ferida.<div><br /></div><div><b>cecília meireles</b></div><div><b><br /></b></div><div><b><br /></b></div><div><b><br /></b></div><div><b><br /></b></div><div><b><br /></b></div><div><b><br /></b><p><b><br /></b></p><p>uma ave no ombro. pára - o voo interrompido pela força do vento - um leve bater de asas. alívio. só o amor nos salva. quando o corpo perto - dentro. tão dentro. desperto - um coração contra o tempo - uma vida em alarme - quero adormecer no teu colo. como um passado perfeito. num pretérito esquecido - para que lugares foges quando a noite fria - entra. não esperes mais. ontem já era tarde - o corpo inteiro em chamas. por ti - um golpe de asa no peito - amor. </p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><b><br /></b></p></div>marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-10521293156813823442023-07-24T21:51:00.001+01:002023-07-24T21:53:26.362+01:00<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhspqiPYm_AZIYrnlpgBV9kJYDDTA-unphLZg4SRVwryBFEevTN--hIU8FBWKrfDcBpCB331s6TN2IiG1JKoemSTw4GZaInte3GUzrDXs3bK2Py5X9O3lTBL-2toGMnvqdc6ZjPMgw__0sKSj2tbPrjDwD5Rf-E6GlJGLtFcrd3P-oLO8PftYICTf8u9A/s2500/Print-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1667" data-original-width="2500" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhspqiPYm_AZIYrnlpgBV9kJYDDTA-unphLZg4SRVwryBFEevTN--hIU8FBWKrfDcBpCB331s6TN2IiG1JKoemSTw4GZaInte3GUzrDXs3bK2Py5X9O3lTBL-2toGMnvqdc6ZjPMgw__0sKSj2tbPrjDwD5Rf-E6GlJGLtFcrd3P-oLO8PftYICTf8u9A/w400-h266/Print-2.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>elizabeth gadd</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p>'Que o amor te salve nesta noite escura,<br />E que a luz te abrace na hora marcada,<br />Amor que se acende na manhã mais dura,<br />Quem há de chorar quando a voz se apaga?<br /> <br />Ainda há fogo dentro!<br />Ainda há frutos sem veneno!<br />Ainda há luz na estrada!<br />Podes subir à porta do templo,<br />Que o amor nos salve...'<br /><b>pedro abrunhosa</b><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">um beijo inverno em agosto. a boca gelada na minha. e tudo foi como sopro - eu encolhi. mirrei. queria voltar para dentro da tua barriga. nascer de novo - mãe - não estava preparada para a tua morte e ainda assim vi tantas estrelas. um cosmos de amor e dor - caíste para o silêncio com a força de um trovão. a tua alma desapareceu num suspiro - já nos meus braços tudo tão longe. um grito mudo. um adeus imenso. o vazio - mãe. não me morras. fazes tanta falta neste mundo. como haveremos de viver sem ti - e a alegria a ir-se contigo. a desaparecer na tarde quente - abracei-me a ti. fechei os olhos - que o coração bata de novo. que tudo não passe de um susto - silêncio - ninguém me acode - uma corrente de lágrimas sem destino. sem propósito. o desespero de quem fica - sem raiz. sem chão. sem colo. sem mãe </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div> <p></p>marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-64282310281455703922022-02-23T21:12:00.004+00:002022-02-23T21:14:19.658+00:00<p> - não há recomeços sem luz. eu acredito - quando fixas o olhar assim nas nuvens. descobres que o céu é um lugar de crescimento. de aprendizagem. de renascimento - hoje fixei o olhar em ti. vi o céu. vi a luz - por vezes o mundo parece que corre à frente do teu coração e que todas as árvores vivem aprisionadas nesta terra - outras vezes dá-se a grande libertação de conceitos. de memórias. e tudo é. irremediavelmente. novo - também tu. como tu. novo - a despertar para uma outra realidade de ser. onde não há questionamento nem nada - onde ser invisível é fechar os olhos e deixar-se ir - não há lugares comuns. há desconhecidos. há memórias inesquecíveis. de outras eras. de tempos e espaços de longe - hoje fixei o olhar em ti. vi o céu. vi a luz - acredito</p>marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-80564010453726552472020-04-12T19:52:00.000+01:002020-04-12T19:53:28.543+01:00<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGal4kMz9zjjMqTBkqwHTzsGk4yyfriB_VT4VIwRHDE9zk8xEWh4Q7nsiLo83dNOpwxnXhxRF2WM7wiMbCnUkulmD0YN3S4oKogdHupIvLCVrSnDV3tczPY-WuoDfbO0z5LmTFf0n_nlA/s1600/ezgi+polat.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="564" data-original-width="564" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGal4kMz9zjjMqTBkqwHTzsGk4yyfriB_VT4VIwRHDE9zk8xEWh4Q7nsiLo83dNOpwxnXhxRF2WM7wiMbCnUkulmD0YN3S4oKogdHupIvLCVrSnDV3tczPY-WuoDfbO0z5LmTFf0n_nlA/s320/ezgi+polat.jpg" width="320" /></a></div>
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<b>ezgi polat</b><br />
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o teu amor, bem sei, é uma palavra musical,<br />
espalha-se por todos nós com a mesma ignorância,<br />
o mesmo ar alheio com que fazes girar, suponho, os epiciclos;<br />
ergues os ombros e dizes, hoje, amanhã, nunca mais,<br />
surpreende o vigor, a plenitude<br />
das coxas masculinas, habituadas ao cansaço,<br />
separamo-nos, à procura de sinais mais fixos,<br />
e o circuito das chamas recomeça.<br />
<br />
é um país subtil, o olho franco das mulheres,<br />
há nos passeios garrafas com leite apenas cinzento,<br />
os teus pais disseram: o melhor de tudo é ser engenheiro,<br />
morrer de casaco, com todas as pirâmides acesas,<br />
viajar de navio de buenos aires a montevideu.<br />
esta é a viagem que não faremos nunca, soltos<br />
na minuciosa tarde dos lábios,<br />
ágil pobreza.<br />
<br />
permanentemente floresce o horizonte em colinas,<br />
os animais olham por dentro, cheios de vazio,<br />
como um ladrão de pouca perícia a luz<br />
desfaz devagarmente os corpos.<br />
ele exclama: quando me libertarás da tosca voz dormida,<br />
para que seja<br />
alto e altivo o coração da coisas? até quando aguardarei,<br />
no harmonioso beliche, que a tua visão cesse?<br />
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<b>antónio franco alexandre</b><br />
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sei: o caminho nunca acaba. princípio e fim. no coração que sente. na alma que procura - e o que é vive em mim. tão forte que lhe reconheço o traço. como um rosto bendito à procura de Deus nas pedras. no mar. na estrela. na vida - pergunto: ainda acordas com os olhos vivos de esperança - é de luz que se fazem os teus dias - caminhas com o coração leve - é por dentro de ti que os milagres se dão como sorrisos. tão certos que a fé não se acaba nunca. tão cheios que o mundo te cega de amor - és. o lugar feliz. a memória perene. a saída do vão. a presença de tudo. o definitivo - e tanto me dás que no peito uma âncora - e tanto me dás que no peito ar puro: sussurro - santifica-me o nome na boca. à boca de tudo o que é. agora - não sei. adivinho o futuro: dois peitos abertos como braços ao vento<br />
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<b>mar
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-49858227607983981832019-11-24T00:09:00.001+00:002019-11-24T00:09:25.939+00:00<br>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIraJsvKc5w7oMPhPLABqh5nz-c6Sa8OUm1PcRr2zefvJ5IbL1nLZTxBWMq_Kb4StOx73MiWKGo_8Bamr6aJ74fYz_3dBs2ypPX1P-1MkshgXSTHiy-mlZ9L_OVIyrmN23hjaWUPgZ9XE/s1600/2A804094-A31F-4700-B9F0-63C4755708D9.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIraJsvKc5w7oMPhPLABqh5nz-c6Sa8OUm1PcRr2zefvJ5IbL1nLZTxBWMq_Kb4StOx73MiWKGo_8Bamr6aJ74fYz_3dBs2ypPX1P-1MkshgXSTHiy-mlZ9L_OVIyrmN23hjaWUPgZ9XE/s320/2A804094-A31F-4700-B9F0-63C4755708D9.jpeg" width="320" /></a></div>
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<span class="s1" style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;">às vezes encontro-te na margem do futuro à espera - o que esperas quando assim me olhas como se visses o caminho - haverá caminho. seremos o caminho - nesta viagem de ser em consciência perdi-me da paisagem. foco-me na essência - um manto verde. um sopro de neblina. sou agora a paisagem - o meu coração dormente pela tua falta- não te quero esquecer. perpetuar-te como a uma vertigem - dou conta do mundo todo no coração tardio. complicada é a vida vista de cima - desapareces no início dos dias. reapareces já noite alta com conversas sinceras - que fez de ti a escuridão e o bréu. pergunto. porque foges de nós - ao fundo a esperança. uma nesga de luz forte reacende o fogo - ilumino-me como uma fogueira. ardo o teu nome de uma vez para sempre. </span></div>
<div class="p1" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span class="s1" style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
<div class="p1" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span class="s1" style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
<div class="p1" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span class="s1" style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
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<span class="s1" style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
<div class="p1" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span class="s1" style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
<div class="p1" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span class="s1" style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
<div class="p1" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span class="s1" style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
<div class="p1" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span class="s1" style="font-family: ".SFUIText"; font-size: 17pt;"><br /></span></div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-57576460964783143932019-02-20T18:37:00.002+00:002019-02-20T18:38:47.967+00:00<br />
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eu. tantas vezes só. dentro do meu coração. esperando - que te regresses por dentro da mata e me mostres que estar vivo é a maior bênção - a luz consome-me e quando fecho os olhos é o teu rosto que vejo. todo iluminado - nunca esperei que te roubassem de mim assim. tão forte. que as minhas raízes se abriram em ferida de 2010 até hoje - sento-me em todos os precipícios. tão pequeno é mundo quando visto do alto. tão pequenas as mágoas. sinto a copa das árvores nos meus pés. inspiro ar puro até levitar - acredito que me possam ainda salvar. que este estar assim inteiro te possa regressar - procuro pelo melhor de mim nas nossas memórias e reconheço-me no teu sorriso - que azul imenso. pelos teus olhos dentro. mergulho - o teu corpo aberto para me receber. que graça tão grande. que sobrevivência póstuma - quero ficar. quero partir. a mulher que sou grita por ti. somos as duas uma só. eterna
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<br />marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-20117747148609783102018-05-22T20:42:00.002+01:002018-05-22T20:42:28.656+01:00<br />
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na tua falta escrevo. para não morrer. para que me não levem os pesadelos - é que há dias em que a morte me ronda. como um desassossego lento. a inquietar-me por dentro até aos ossos - procuro por ti. sinto a tua luz movimentar-se ténue em meu redor à procura da luz em mim. uma luz que se desvanece - a maldade da humanidade tem uma escuridão tamanha. e escrever-te isto dói pela não esperança que é admitir que sendo um óasis não chego para acalmar de vez todos os desertos de amor - entardeço com o mar no horizonte. e haverias de sorrir por me ver finalmente entardecer com água ao fundo - que pintura bonita é esta de assim ver perder-se o céu no mar e o mar no céu. um azul imenso a atenuar as sombras - e a beleza da casa. com peixes dentro. regressa-me. sinto o gosto da vida. a pele fresca no fim de tarde e sorrindo apareces-me como um fantasma. a pairar numa nuvem de luz inesgotável. tão singela. clara - que me esperes e guardes nesse lado do mundo onde a dor não perdura. onde o amor não se afugenta por sombras e escuridão. que me ampares e acalmes quando a esperança fugir e regresses sempre até mim quando a luz me faltar </div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-29486085560643015712018-04-20T22:28:00.002+01:002018-04-24T15:44:17.263+01:00<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2wpUZtToib5SEhW1xx_UjO1fGATmCkLtvclh2mrBbD9NcSXbcC0tJ0bNpDLeF8kC_McS-60Tff3LaSLmb3R3ONlNxVyz4wQXOJc9581vIvhRjwJQ3h8pLUwYeIso5TKLqFpY2-4WkH7Y/s1600/940b361fd838d8a98d933bc63351ff3d.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="736" data-original-width="736" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2wpUZtToib5SEhW1xx_UjO1fGATmCkLtvclh2mrBbD9NcSXbcC0tJ0bNpDLeF8kC_McS-60Tff3LaSLmb3R3ONlNxVyz4wQXOJc9581vIvhRjwJQ3h8pLUwYeIso5TKLqFpY2-4WkH7Y/s400/940b361fd838d8a98d933bc63351ff3d.jpg" width="400" /></a><b> jonna jinton</b><br />
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Ninguém<br />oferece flores.<br /><br />A flor,<br />em sua fugaz existência,<br />já é oferenda.<br /><br /><br />Talvez, alguém,<br />de amor,<br />se ofereça em flor.<br /><br /><br />Mas só a semente<br />oferece flores.<br /><br /><b> mia couto</b><br /><br /><br /><div style="text-align: justify;">
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e de manhã o canto dos pardais e um cheiro a musgo a invadir o corpo: quero uma cabana de costas voltadas para o mundo e coração aberto para o céu - construíste-me uma cabana de paus tratados e ervas daninhas. dizias que dali se viam melhor as estrelas - acreditei em cada palavra tua. fiz-me futuro em cada memória. por seres tu. por te ter em mim a amanhecer em cada dia novo. a ser luz e vida e graça em cada palavra - a vida fez-me de silêncio - orai e vigiai: palavra do senhor - orei e vigiei até as pálpebras se não aguentarem abertas. fecho os olhos à vida. quero consumir-me de amor para sempre - enquanto eu for vida escreverei o teu nome em cada árvore: valentina - tudo está consumado na memória do teu abraço. num silêncio perene até desaparecer à margem - avó. fiz-me árvore. cresci. vou encontrar-te agora para um sorriso inteiro.</div>
<br />
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<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></div>
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<span style="background-color: white;"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: white;">
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<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white;"></span><br />
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<span style="background-color: white;"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></span></div>
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<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></div>
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<div style="color: #333333; font-family: verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-85938120905869258702018-04-03T18:42:00.002+01:002018-04-03T18:45:22.036+01:00<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPC5UukVy3ko9xUTKETsx0iZtUqAvH09ZcZhPP-tNdLw2mDa-zYjKQuFEDmgYSlStX9mV8N9CmISx3H_j1n9_YyoPLoO9JPZBMvwpI5cJ7KKvHWOR8AC0COGMyEYZFG7JnOU6p45895zM/s1600/031807.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPC5UukVy3ko9xUTKETsx0iZtUqAvH09ZcZhPP-tNdLw2mDa-zYjKQuFEDmgYSlStX9mV8N9CmISx3H_j1n9_YyoPLoO9JPZBMvwpI5cJ7KKvHWOR8AC0COGMyEYZFG7JnOU6p45895zM/s400/031807.jpg" width="400" /></a></div>
<b>jonna jinton</b><br />
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<br />
As mãos pressentem a leveza rubra do lume<br />
repetem gestos semelhantes a corolas de flores<br />
voos de pássaro ferido no marulho da alba <br />
ou ficam assim azuis<br />
queimadas pela secular idade desta luz<br />
encalhada como um barco nos confins do olhar<br />
<br />
ergues de novo as cansadas e sábias mãos<br />
tocas o vazio de muitos dias sem desejo e<br />
o amargor húmido das noites e tanta ignorância<br />
tanto ouro sonhado sobre a pele tanta treva<br />
quase nada<br />
<br />
a<b>l berto</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
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tão longe que o mundo não nos pudesse agarrar e o corpo pequeno. de repente. cai para dentro do teu peito. o teu coração feito ninho. onde é possível nascer uma e outra vez. as vezes que forem precisas. até se ter força para enfrentar a escuridão de peito aberto - sigo os teus passos como sonhos que se tornaram estrelas no céu - em todas as noites percorro as tuas rugas. quero enfrentar o vazio. a certeza de ser só na vida - peço-te que regresses ao castanho dos meus olhos. ilumina-me - sei que me acompanhas e me percorres como eu te percorro. passo a passo. peço-te que regresses e te faças árvore. que me abraces forte até o coração ganhar raízes - voo com os pássaros. migro nas estações. rebento de amor. sufoco de tristeza. há em mim um sentir que não compreendo. um sentir tamanho que entontece - talvez um dia descubram que vivi como uma danada. sem ânsia. sem vergonha. sem dor. sem nada. pelo gosto de viver e ser assim - até ao fim dos meus dias descobrir-me em cada amanhecer e só tu. só tu me aplaudias em cada queda e reconhecias as minhas cicatrizes. como marcas de aprendizagem da alma - estaremos sempre juntas. sangue do meu sangue. alma da minha alma. </div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-90391551813909725742018-03-04T20:18:00.000+00:002018-03-04T20:18:52.193+00:00<br br="" />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikzd4Py3Ye3ZIyAtrvkIbzeU0RclNXXYuAjytmTKdBpWxSF_G3j31yrq4rQ036bZHNwbkgaRZ8IbGzJUlINbyFV4kv3zER8uEFAjlniR0FAb5SuET6BA8cQvg__H1GzultlaKhyMpmuoc/s1600/8.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikzd4Py3Ye3ZIyAtrvkIbzeU0RclNXXYuAjytmTKdBpWxSF_G3j31yrq4rQ036bZHNwbkgaRZ8IbGzJUlINbyFV4kv3zER8uEFAjlniR0FAb5SuET6BA8cQvg__H1GzultlaKhyMpmuoc/s400/8.jpg" width="400" /></a> <b style="font-weight: bold;">Elizabeth Gadd
</b>
<b style="font-weight: bold;"><br /></b>
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<b style="font-weight: bold;"><br /></b>
<br /><br />Só a rajada de vento<br />dá o som lírico<br />às pás do moinho.<br /><br />Somente as coisas tocadas<br />pelo amor das outras<br />têm voz.<br /><br /><b style="font-weight: bold;">Fiama Hasse Pais Brandão</b><br />
<div>
<b><b><br /></b></b></div>
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<b><br /></b></div>
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para me perder de vez em cada sorriso - subindo o rio. o caminho estreita-se. a textura dos seixos no pés nus - cai o sol nas paisagens da vida. tenho trinta anos e ainda não fiz obra - sou mulher de água e luz - deixo-me ir por entre a vereda. haveria daqui construir uma casa de madeira. com janelas e portas abertas para receber - uma casa. um lugar feito de memórias. memórias de dias felizes onde descansar o corpo quando a solidão me assola - cada partícula de luz que compõe o meu corpo grita o teu nome pela tarde adentro - o coração puro. feito de bondade. renascerá para um novo mundo. em cada olhar manifesta agora uma nova terra</div>
</div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-16114301017309392772018-01-22T21:05:00.001+00:002018-01-22T21:05:26.601+00:00<b><br /></b>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMRVmAzg6nIahIHQuJArW-IGbwJBhVzhPtLnvRDFNwyZQFgiqJP4IhtMXd07RxYVUc1opSuDE0TeFSsrk_KiRf5D1aGZbX6ZLCznpIB2RbzMsVlCcJ-w8VhSKtAbQmsCKvd4pQSloJYwM/s1600/24862242_1936589409703842_8494532365697252576_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="610" data-original-width="960" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMRVmAzg6nIahIHQuJArW-IGbwJBhVzhPtLnvRDFNwyZQFgiqJP4IhtMXd07RxYVUc1opSuDE0TeFSsrk_KiRf5D1aGZbX6ZLCznpIB2RbzMsVlCcJ-w8VhSKtAbQmsCKvd4pQSloJYwM/s400/24862242_1936589409703842_8494532365697252576_n.jpg" width="400" /></a></div>
<b>teresa q.</b><br />
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<br />Uma parte de mim<br />é todo mundo:<br />outra parte é ninguém:<br />fundo sem fundo.<br />Uma parte de mim<br />é multidão:<br />outra parte estranheza<br />e solidão.<br />Uma parte de mim<br />pesa, pondera:<br />outra parte<br />delira.<br />Uma parte de mim<br />almoça e janta:<br />outra parte<br />se espanta.<br />Uma parte de mim<br />é permanente:<br />outra parte<br />se sabe de repente.<br />Uma parte de mim<br />é só vertigem:<br />outra parte,<br />linguagem.<br />Traduzir-se uma parte<br />na outra parte<br />– que é uma questão<br />de vida ou morte –<br />será arte?<div>
<br /></div>
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<b>ferreira gullar</b></div>
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sobra-me o vento. falta-me o ar. estou na beira do penhasco mais alto da serra de sintra. já não sei voar - recordo-me dos precipícios de cesariny. quero morrer como as nuvens. perder forma. dissolver-me para sempre - por vezes tento a sorte. lanço-me às árvores. faço-me raiz do mundo. perco as sombras. outras vezes é o teu nome que me visita. consome - quero dar largas à realidade. fazer-me margem. voltar-me inteira. quero partir. de dentro para fora. reaver-me - mantenho-me ocupada. imagino como seria. dou voltas e voltas na rua de cima - quero alguém que me espante como um poema. que não principia nem acaba - regresso das nossas conversas sempre com o peito aberto. coração fora. cabeça adentro - quero escrever a eternidade em cada pulso. a eternidade é não saber de nenhum futuro - esqueço-me do mundo. lembro-me de tudo. só para me fazer ao largo. andar direita. ganhar pinta. ser senhora - um dia serei eu a obra. a manifestação plena do sonho. por agora nunca. </div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-52300090141884170232017-12-28T22:57:00.001+00:002017-12-28T22:57:13.706+00:00<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDu65Fx8b1QGUiEFPdhBvShLBSFcscxVKi-T0X0xjEvrUwNJV9h8FoyJobQhuuTFpTtQchy08vFy3m1bAMrxDao7_uenm0VWXztNqt7h1RBpS-IPS9rSnRqFsVgmCeFikJBvyn3osxoVg/s1600/122102-1.jpg" imageanchor="1"><img border="0" data-original-height="1068" data-original-width="1600" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDu65Fx8b1QGUiEFPdhBvShLBSFcscxVKi-T0X0xjEvrUwNJV9h8FoyJobQhuuTFpTtQchy08vFy3m1bAMrxDao7_uenm0VWXztNqt7h1RBpS-IPS9rSnRqFsVgmCeFikJBvyn3osxoVg/s400/122102-1.jpg" width="400" /></a>
<b>jonna jinton</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<br /><br /><br /><br /><br />Recomeça....<br />Se puderes<br />Sem angústia<br />E sem pressa.<br />E os passos que deres,<br />Nesse caminho duro<br />Do futuro<br />Dá-os em liberdade.<br />Enquanto não alcances<br />Não descanses.<br />De nenhum fruto queiras só metade.<br /><br />E, nunca saciado,<br />Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.<br />Sempre a sonhar e vendo<br />O logro da aventura.<br />És homem, não te esqueças!<br />Só é tua a loucura<br />Onde, com lucidez, te reconheças...<div>
<br /></div>
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<b>miguel torga</b></div>
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e assim se fez mais um dia - a casa está gasta. há muito que as heras se apoderaram dela - que nome dar agora ao vazio. abandonar-me à memória das tuas mãos fiando. vidas - digo o teu nome com o cuidado de quem escreve um poema. tem de ser perene. tem de ser inteiro. manter-se fiel às rugas de cada dedo - fica comigo para sempre avó. talha-me as dadas - tenho estado doente. do coração e das ideias. faz-me aquela reza. toma conta de mim. que a loucura de me saber humana e a pressa de voltar para trás me atormentam - volto ao casulo - digo: avó quero ser como um pássaro - dizes: e serás minha filha. serás tudo o que quiseres - encurto a respiração. deixo-me entristecer - as montanhas a perder de vista. vou lançar o peito às paisagens. perder-me nelas. esquecer-me - nenhum natal me lembro de passar contigo. de nada me arrependo mais. a memória de cada natal sem ti pesa-me tanto. quero entregar-te todos os natais. fazer-te memória deles - consagro o meu corpo ao imaculado coração de maria. como me ensinaste. a intenção fará da oração o que eu quiser - estás sentada na mesa da cozinha. não te vejo. sinto-te. avó dá-me um sinal. visita-me em sonhos. amansa-me a noite. sossega o meu coração</div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-71165588075808875122017-12-14T18:39:00.000+00:002017-12-14T18:39:01.630+00:00<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0f2eUS52Kyyc_JKA7BGngINJLqNdHctmzJD5Zg3SZ0GUegL4twH0fZojvifW14FRdU0G4ay5ycUwy_-d2XLsUzYJLdJWBuj_cpI-qn2dkuPe4UBXaXBORcLh7G5Nbk4_lqOWdnpilqps/s1600/Dec%252B11-1.jpg" imageanchor="1"><img border="0" data-original-height="667" data-original-width="1000" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0f2eUS52Kyyc_JKA7BGngINJLqNdHctmzJD5Zg3SZ0GUegL4twH0fZojvifW14FRdU0G4ay5ycUwy_-d2XLsUzYJLdJWBuj_cpI-qn2dkuPe4UBXaXBORcLh7G5Nbk4_lqOWdnpilqps/s400/Dec%252B11-1.jpg" width="400" /></a> <b>Elizabeth Gadd
</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<br /><br /><br /><br />Não, meu coração não é maior que o mundo.<br />É muito menor.<br />Nele não cabem nem as minhas dores.<br />Por isso gosto tanto de me contar.<br />Por isso me dispo,<br />por isso me grito,<br />por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:<br />preciso de todos.<br /><br /><br /><br /><br />Sim, meu coração é muito pequeno.<br />Só agora vejo que nele não cabem os homens.<br />Os homens estão cá fora, estão na rua.<br />A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.<br />Mas também a rua não cabe todos os homens.<br />A rua é menor que o mundo.<br />O mundo é grande.<br /><br />Tu sabes como é grande o mundo.<br />Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão.<br />Viste as diferentes cores dos homens,<br />as diferentes dores dos homens,<br />sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso<br />num só peito de homem... sem que ele estale.<br /><br />Fecha os olhos e esquece.<br />Escuta a água nos vidros,<br />tão calma, não anuncia nada.<br />Entretanto escorre nas mãos,<br />tão calma! Vai inundando tudo...<br />Renascerão as cidades submersas?<br />Os homens submersos - voltarão?<br /><br />Meu coração não sabe.<br />Estúpido, ridículo e frágil é meu coração.<br />Só agora descubro<br />como é triste ignorar certas coisas.<br />(Na solidão de indivíduo<br />desaprendi a linguagem<br />com que homens se comunicam.)<br /><br />Outrora escutei os anjos,<br />as sonatas, os poemas, as confissões patéticas.<br />Nunca escutei voz de gente.<br />Em verdade sou muito pobre.<br /><br />Outrora viajei<br />países imaginários, fáceis de habitar,<br />ilhas sem problemas, não obstante exaustivas e convocando ao suicídio.<br /><br />Meus amigos foram às ilhas.<br />Ilhas perdem o homem.<br />Entretanto alguns se salvaram e<br />trouxeram a notícia<br />de que o mundo, o grande mundo está crescendo todos os dias,<br />entre o fogo e o amor.<br /><br />Então, meu coração também pode crescer.<br />Entre o amor e o fogo,<br />entre a vida e o fogo,<br />meu coração cresce dez metros e explode.<br />- Ó vida futura! Nós te criaremos.<div>
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<b>Carlos Drummond de Andrade </b></div>
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recordo o teu nome. intenso como um batimento cardíaco. sílaba a sílaba, até adormecer - não estava preparada para perder-te - atirei-me ao precipício e fiz-me luz. uma luz forte como a tua - a mesma força de quem se fez terra. noite. madrugadas frias. sem nenhum medo que perturbe o corpo - na ânsia de te reencontrar entreguei o meu corpo à beleza das árvores. ao voo dos pássaros. às brisas de vento - na natureza fiz um ninho de amor - confio - que a Terra ainda te há-de trazer de volta. abrigar-me no teu peito - cada dia é uma bênção. vivo em plenitude. o meu propósito é este. encontrar a beleza do mundo e manifestá-la em cada sorriso. ser vida </div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-15751920228973947712017-10-17T20:35:00.002+01:002017-10-17T20:40:22.212+01:00<br />
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<b>
jonna jinton
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Tarde pintada <br />
Por não sei que pintor. <br />
Nunca vi tanta cor <br />
Tão colorida! <br />
Se é de morte ou de vida, <br />
Não é comigo. <br />
Eu, simplesmente, digo <br />
Que há fantasia <br />
Neste dia, <br />
Que o mundo me parece <br />
Vestido por ciganas adivinhas, <br />
E que gosto de o ver, e me apetece <br />
Ter folhas, como as vinhas. <br />
<br />
<b> Miguel Torga</b><br />
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inspira-me a ser melhor ser humano - por dentro da noite nas horas mais mortas. quando o mundo adormece. ajuda-me a cobrir de estrelas o céu mais escuro - ilumina-me - como se iluminam as almas que partem para outros mundos mais dentro. por dentro da luz - aceita-me como sou. a partícula de luz tão pequenina. à procura da beleza do mundo no coração de cada homem - ilumina-me - na sensatez da minha alma. abraça-me. serena-me. que a missão de amar-me é tão difícil quando descubro que o meu amor ainda não consegue impedir incêndios - que o meu amor te inspire a contemplar a beleza do mundo e encontrar magia em cada pedaço de vida. e me inspire a manifestar essa magia em cada gesto - o divino que procuramos sempre esteve tão perto. tão dentro de cada um de nós - entende que existo. sou luz. vivo em silêncio. caminho com amor - caminha comigo. em solitude. em oração - estamos tão unidos. a nossa consciência ainda não compreende isso. mas estamos todos enlaçados e tudo é tão maior do que nós
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-19786432300885450372017-09-25T21:36:00.002+01:002017-09-25T21:36:16.473+01:00<b><br /></b>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYhuqmvYPKiTRv4Rh5voQ7Drghp9CtMlvNbwzXwxfVWGhaW0XxWI_iF03-Ixb3KTAb7R39fg4RRnX1qiU_zcNuuT9sRSFqX6IUWaU7moxWSU1MgZDz3izOZkBEyTYV1fwrxA_nugkpFho/s1600/8.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="714" data-original-width="1000" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYhuqmvYPKiTRv4Rh5voQ7Drghp9CtMlvNbwzXwxfVWGhaW0XxWI_iF03-Ixb3KTAb7R39fg4RRnX1qiU_zcNuuT9sRSFqX6IUWaU7moxWSU1MgZDz3izOZkBEyTYV1fwrxA_nugkpFho/s400/8.jpg" width="400" /></a> <b>elizabeth gadd</b><br />
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<br /><br /><br /><br /><br />Yo que crecí dentro de un árbol<br />tendría mucho que decir,<br />pero aprendí tanto silencio<br />que tengo mucho que callar<br />y eso se conoce creciendo<br />sin otro goce que crecer,<br />sin más pasión que la substancia,<br />sin más acción que la inocencia,<br />y por dentro el tiempo dorado<br />hasta que la altura lo llama<br />para convertirlo en naranja.<div>
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<b>pablo neruda</b></div>
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escuto silêncio de boca-a-boca. de porta a porta. escuto o vazio - por dentro da noite. em todas as noites. e dias. em que não existes na minha vida - silêncio - a profundidade do mundo no teu olhar de luz e verde-azul de paz - por onde te ocupam os dias - quero dizer-te que o meu peito te guarda para sempre. como uma imagem feita de amor puro - que o meu coração se inquieta pela lembrança do teu. para sempre - que mundos te guardam e te apartam de mim. de tudo. menos da minha raiz - que toda a beleza da vida eu guardo para ti. marcas de íris no castanho de mim - é errado viver deste lado do planeta. onde não existes. que é triste assim estar e ser. longe - acércate a mi alma</div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-33578140651864916532017-09-12T17:27:00.002+01:002017-09-12T18:32:42.716+01:00<br />
<br />
<br /><div class="separator" style="clear: both;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXyUIczg6OkkCWiabvdo8ca20Jli7VOdzwngj4sGTEx8yAULON2k1cDagVd1ENiZ1ETRarI2USgeFjjV5i2-YhI9BKXb3Jc_ozyWkkSP20aNi7oIz4FVo1bbxCL_9qf_YhmlIbNplH2MM/s1600/Elizabeth-Gadd-Photography2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="453" data-original-width="680" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXyUIczg6OkkCWiabvdo8ca20Jli7VOdzwngj4sGTEx8yAULON2k1cDagVd1ENiZ1ETRarI2USgeFjjV5i2-YhI9BKXb3Jc_ozyWkkSP20aNi7oIz4FVo1bbxCL_9qf_YhmlIbNplH2MM/s400/Elizabeth-Gadd-Photography2.jpg" width="400" /></a><b>Elizabeth Gadd</b></div>
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<a href="https://www.escritas.org/pt/t/13214/e-ao-anoitecer" style="background-color: gainsboro; box-sizing: inherit; color: black; font-family: Ubuntu; font-size: 20px; text-decoration-line: none; touch-action: manipulation;"></a><a href="https://www.escritas.org/pt/t/13213/dizem-que-a-paixao-o-conheceu" style="background-color: gainsboro; box-sizing: inherit; color: black; font-family: Ubuntu; font-size: 20px; text-decoration-line: none; touch-action: manipulation;"></a><br />
e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão <br />
deixas viver sobre a pele uma criança de lume <br />
e na fria lava da noite ensinas ao corpo <br />
a paciência o amor o abandono das palavras <br />
o silêncio <br />
e a difícil arte da melancolia<br />
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<b>al berto</b></div>
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nos dias de maior fragilidade sonho ser pássaro. deixo de enfrentar o vento com as asas. desisto de forçar o voo e entrego-me à corrente. plano com o peito pluma aberto - acredito em proteção divina. nas asas de anjo/pássaro que me cercam e amparam as quedas livres - sou livre. livre do mundo. livre da vida. mas não me livro do medo das pessoas. o medo do amor mais puro. do amor mais duro. o amor que entrega. que deixa ir. que livra - escreverei um tratado às pessoas que me fizeram sorrir - perto dos trinta custa-me mais o tempo desperdiçado. quero mais a solidão. o silêncio. a delicadeza. a serenidade. deixar cair o corpo com o dia. deixar sorrir a noite na boca - tenho esperança. tanta. tão forte - reconheço. do alto desta cordilheira. que todos os sonhos são livres. como amores. livres de partir. livres para deixar ir. livres de me livrar - pelo sonho caminho. com o coração na boca e um par de mãos verde esperança a decifrar o futuro. </div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-85971840345215462292017-08-21T17:44:00.001+01:002017-08-21T17:47:22.637+01:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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<img border="0" data-original-height="683" data-original-width="1024" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAWGXnJo9hI9D-KouiPyOd31FFftIFaBGQ2saPU6ZTL7wx1py8p2uwrKKu_dm7H33hUjZyBlmTkal7cVhzD_1gg-PqlMj8ZDd911L3OnCsE35EKyIvZiidTfB75dMP71i88lYYOR6Yz7M/s400/062116-1024x683.jpg" width="400" /><b>jonna jinton</b></div>
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<b></b><br /></div>
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<br />
silencio <br />
yo me uno al silencio<br />
yo me he unido al silencio<br />
y me dejo hacer<br />
me dejo beber<br />
me dejo decir<br />
<br />
apuñalada por lo ausente<br />
por la espera bastarda<br />
renaceré a los juegos terribles<br />
y lo recordaré todo<br />
<br />
<b>a</b><b>lejandra pizarnik</b></div>
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tudo o que aprendi do mundo foi o teu nome. por dentro dos dias escrevo consoantes e vogais. as do teu nome. um nome próprio de princesas. de fadas. de jóias raras. de noites claras - tantas luas novas vi nascer nos teus olhos. tantas noites cobertas de estrelas. a todas dei o mesmo nome. a mesma idade. o mesmo jeito triste de sonhar acordada - eras tu e continuarás para sempre a ser tu. a dar nome às luas novas de todos os planetas - existo dentro do silêncio. guardo em mim todas as palavras que se dizem de coração aberto sem que nenhuma boca se abra. perante a admiração dos olhos - cada dia é uma nova conquista. a conquista da vida que sempre se soube só. e deserta-me o corpo. tão cheio de sentimento - sinto o silêncio pairar sobre mim. como uma aura de luz socorrendo a minha pele. purgando-a das pressas deste mundo onde me acho - encontro-me longe - tenho fé nos deuses que habitam esta terra mascarados de pessoas comuns. heróis com nomes próprios como o teu. é essa fé que preenche quando a tristeza dos rostos se abate sobre mim. é dessa fé que me alimento. para essa fé caminho com o corpo feito de luz e no peito aberto o coração em carne viva - neste tempo-espaço eclipse que a terra conhece. sou lunar e sinto-me nova. </div>
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<span style="color: black;"></span><b></b><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike><br />marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-20465281599998171692017-01-02T17:25:00.001+00:002017-01-02T17:27:47.091+00:00<br />
<br />
<br />
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<b><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj217wTRAtDFT1hLBhx1lujfwXIKmKfYQqDKbXHV_twLYstaId5lgHfBxvd-eeaTywu-aONWCaJjzDymFR3ftmkXFJnSK8AAg7jjINpvHnLxWMqVy_r1lqvuQIswuIhidNNqmYl7hlOdqw/s400/Nov%252B8.jpg" width="400" /></b><br />
<b>elizabeth gadd</b><br />
<br />
<br />
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<br />
<br />
<br />
Homens que são como lugares mal situados</div>
Homens que são como casas saqueadas<br />
Que são como sítios fora dos mapas<br />
Como pedras fora do chão<br />
Como crianças órfãs<br />
Homens sem fuso horário<br />
Homens agitados sem bússola onde repousem<br />
<br />
Homens que são como fronteiras invadidas<br />
Que são como caminhos barricados<br />
Homens que querem passar pelos atalhos sufocados<br />
Homens sulfatados por todos os destinos<br />
Desempregados das suas vidas<br />
<br />
Homens que são como a negação das estratégias<br />
Que são como os esconderijos dos contrabandistas<br />
Homens encarcerados abrindo-se com facas<br />
<br />
Homens que são como danos irreparáveis<br />
Homens que são sobreviventes vivos<br />
Homens que são sítios desviados<br />
Do lugar<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">Daniel Faria</span><br />
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<span style="font-weight: bold;"><br /></span></div>
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esta noite sonhei com árvores altas e a tua voz segredando idas - por onde ir agora que tudo ardeu. nenhum laço me prende. nenhuma aragem me conhece. por onde partir. por que viagens procurar teu corpo inanimado - lembro-me dos teus silêncios. procuro preenche-los de afeto. e no fundo dos braços um ninho de pássaro. uma casinha de madeira - vem. quero ser capaz de mostrar-te que o tempo não me arrancou o sorriso. que na boca me nasceram jardins. que em nenhum lugar deixei a minha esperança. tantas vezes tão maior que eu - vem. quero dar-te outro mundo que este não me compreende. e dizer-te do voo que o corpo conheceu aquando do abandono. reconforta-me saber que melhores horas te aguardam. que outros homens te encantam. que outras nuvens te acolhem - a terra prometida regressa agora do alto do céu - quando ninguém acreditou eu vi. eu sei. quando ninguém por ti chorou. eu esperei - havemos de nos encontrar. está escrito e dito. e ninguém pode alterar promessas e testemunhos - e a maior fé é esta: dar sem medida </div>
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<br />marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-31812737676917470872016-07-21T18:06:00.000+01:002016-07-21T18:06:45.767+01:00<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><br /></b><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQpcwJGQpHnW65_zy5fIAa0WvQ5q9NY-q5bOGi5solUCaIe0zwPJQkvHC8umKniQH4kQhJ07_csE_E7WSvGd-azcb2lMDUrCfHQu_FOQTQAquc2ZI9h_i5T3zTdWpbNtYmi1PGPZCHWTQ/s1600/11947576_1065225963490699_2547586911288858629_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQpcwJGQpHnW65_zy5fIAa0WvQ5q9NY-q5bOGi5solUCaIe0zwPJQkvHC8umKniQH4kQhJ07_csE_E7WSvGd-azcb2lMDUrCfHQu_FOQTQAquc2ZI9h_i5T3zTdWpbNtYmi1PGPZCHWTQ/s400/11947576_1065225963490699_2547586911288858629_n.jpg" width="400" /></a></div>
<b><span style="font-size: x-small;">elizabeth gadd
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Walk as if you are kissing the Earth with your feet.<br />
<b><span style="font-size: x-small;">thích nhất hạnh</span></b><br />
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ocupar de silêncio a casa. restabelecer os limites do medo que a alma não consegue apagar. respirar. tão fundo que o tempo o escute. tão alto que o mundo me fuja - permanecer em contemplação. encontrando-me em cada ser que a natureza envia ao meu encontro. humano e não humano. sempre vivo - trago a beleza do mundo tão funda em mim. incrostada na pele. e sei que o silêncio se reproduz nos meus gestos. é por dentro de mim que a terra ganha cor. que os pés se fazem caminho. que a alegria se faz sempre - à descoberta - que nenhuma ânsia perturbe cada passo. que nenhum tempo me ocupe. quero permanecer. fundir-me na luz. voar como os pássaros. chorar como os fetos. ser - ser este silêncio enorme que me habita. para sempre. </div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-62915382253804644472016-07-06T05:56:00.003+01:002016-07-06T05:56:56.796+01:00<b><br /></b>
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<b><br /></b><a href="https://scontent.flis2-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13393919_1112123272179711_1319584200219442904_n.jpg?oh=18406a7d8bdbbd2e681d644092713160&oe=57F31F0B" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="https://scontent.flis2-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/13393919_1112123272179711_1319584200219442904_n.jpg?oh=18406a7d8bdbbd2e681d644092713160&oe=57F31F0B" width="400" /></a><b>ezgi polat</b><br />
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<b><br /></b>
<br /><br /><br /><br /><br />A mais radical solidão, <br />eu, com todo o meu corpo apenas, <br />pela primeira vez. Eu, que sempre <br />levava comigo somente os olhos, primeiro, <br />depois, o ouvido e o tacto. Ali, <br />naquela câmara do absoluto, do vazio, <br />do amplo - amplidão que multiplicava o vazio, <br />atenta enfim, a um cheiro ácido, <br />do grande Universo invisível<div>
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<b>fiamma hasse pais brandão</b></div>
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render-me às evidências e de corpo ardente lançar-me a um cometa esperando que das cinzas se faça terra - era como fechar os olhos e ouvir canções antigas. que se estreitam na pele e. silenciosas. ocupam o peito de uma vez para sempre - ainda te ouço dizer: nenhum lugar foi feito para ti. és das estrelas - que as estrelas me encontrem porque em nenhum lugar me sinto. me sento. me quieto. e inquietar-me dói quando os dias assim passam - por vezes são teus gestos que interrompem a noite para me lembrar do quanto fomos felizes. e os padrões dos teus vestidos regressam da morte à procura de luz. digo-te: bom dia - não respondes - pergunto-te porquê - não respondes. </div>
<div style="text-align: justify;">
|escrevo para mim. que nenhum dia me morra como tu me morreste. que nenhum mês assim fique a perturbar-me o coração. que nenhum ano nos esqueça - os silêncios já não me magoam. acostumaram-se a mim. fizeram ninho no meu peito - à data do teu aniversário escrevo sempre muito. todas as histórias. porque nenhum lugar é este onde agora existo. esperando que alguma estrela me devolva à vida </div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-42370150493709795902016-04-04T21:37:00.002+01:002016-04-04T21:37:31.438+01:00<br>
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<a href="https://scontent-mad1-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xpa1/v/t1.0-9/s851x315/12963878_1072221302836575_4290450004997112774_n.jpg?oh=76a0004527674d04c047197dece83c1c&oe=5787E23A" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="https://scontent-mad1-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xpa1/v/t1.0-9/s851x315/12963878_1072221302836575_4290450004997112774_n.jpg?oh=76a0004527674d04c047197dece83c1c&oe=5787E23A" width="400" /></a> <b>ezgi polat</b>
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<b><br /></b>
<br /><br />A noite quando ao fim descer decerto há-de <br />ser certa solução. Foi há muito a infância <br />Ao tempo o que tu tens tu bem o sabes cede <br />estendo as mãos talvez te fique a inocência <br /><br />A vida é uma coisa a que me habituei <br />adeus susto e absurdo e sobressalto e espanto <br />A infância é uma insignificância eu sei <br />e apenas por a ter perdido a amamos tanto <br /><br />Estou sozinho e então converso com a noite <br />das palavras que nos subjugam nos submetem <br />As coisas passam e em vez delas é aceite <br />o nosso sistema de signos onde as metem <br /><br />Esta minha existência assim crepuscular <br />devida àquela que é rastos destroços restos <br />acusa hoje alguma intriga consular <br />de quem não tem cabeça a comandar os gestos <br /><br />Foi uma rosa rubra a autora desta obra <br />aberta e arrogante grácil flor do instante <br />que triunfante não há coisa que não abra <br />para ferir quem a viu e morrer de repente <div>
<br />E noite sou e sonho e dor e desespero <br />mero ser sórdido e ardido e encardido <br />mas já não tarda a abrir-se na manhã que espero <br />um arco com vitrais aos vendavais vedado </div>
<div>
<br />E embora a minha fome tenha o nome dela <br />e da água bebida na face passada <br />não peço nada à vida que a vida era ela <br />e que sei eu da vida sei menos que nada</div>
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<b>ruy belo </b></div>
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adeus. não mais permitirei que o mundo me perturbe - ninguém. no seu estado de sítio e alarme. conseguirá interromper a minha esperança - por vezes desperto para a realidade. acordo dos sonhos para dizer ao mundo que não mais voltarei aqui - adeus. sei bem que as minhas fraquezas são as minhas forças e sem medo insisto. perturbo cada passo. com a serenidade do caminho - nenhum norte de mim desiste. de tanto se fazem os meus dias. que as noites se ausentam - inventarei outros continentes. onde ser feliz. em cada entardecer farei um ninho e em cada rosto um sorriso - adeus</div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-3886162809048672282016-04-03T10:40:00.000+01:002016-04-03T10:40:16.936+01:00
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<a href="http://static1.squarespace.com/static/52533aebe4b0e9fd10b256d7/52dc8159e4b036f86896343b/56954373a2bab832edfb9e55/1452622729324/Jan+9-4.jpg?format=1000w" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://static1.squarespace.com/static/52533aebe4b0e9fd10b256d7/52dc8159e4b036f86896343b/56954373a2bab832edfb9e55/1452622729324/Jan+9-4.jpg?format=1000w" height="266" width="400" /></a></div>
<b>elizabeth gadd </b><br />
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<br /><br /><br />Pergunta-me<br />se ainda és o meu fogo<br />se acendes ainda<br />o minuto de cinza<br />se despertas<br />a ave magoada<br />que se queda<br />na árvore do meu sangue<br /><br />Pergunta-me<br />se o vento não traz nada<br />se o vento tudo arrasta<br />se na quietude do lago<br />repousaram a fúria<br />e o tropel de mil cavalos<br /><br />Pergunta-me<br />se te voltei a encontrar<br />de todas as vezes que me detive<br />junto das pontes enevoadas<br />e se eras tu<br />quem eu via<br />na infinita dispersão do meu ser<br />se eras tu<br />que reunias pedaços do meu poema<br />reconstruindo<br />a folha rasgada<br />na minha mão descrente<br /><br />Qualquer coisa<br />pergunta-me qualquer coisa<br />uma tolice<br />um mistério indecifrável<br />simplesmente<br />para que eu saiba<br />que queres ainda saber<br />para que mesmo sem te responder<br />saibas o que te quero dizer<div>
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<b>mia couto</b></div>
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fazer-me raiz e reconhecer que estive tanto tempo ausente. compreender que as manhãs se fizeram prisões e os dias sementes que nunca nasceram - perdoa-me ter interrompido o amor com desculpas de ausência. sem saber de mim perdi-me de nós - regresso agora da morte para te dizer que a luz nunca desapareceu. ocultada da vida renasce hoje em forma de raiz - sou hoje o princípio e o verbo de tudo. em tristeza descubro a alegria da aprendizagem - regresso aos teus braços com o corpo coberto de terra. desperto para o mundo com os olhos postos no caminho. no presente que cada manhã a vida me concede - a tristeza acalma e o coração iluminado sob às mais altas colinas para agradecer esta dádiva. mais um dia de vida</div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-54780799760290723572016-04-02T20:02:00.004+01:002016-04-02T20:04:57.736+01:00<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIu6E09b_0pdEp0CPl306v3PwCEP1ZaLirMyKHEBC_NGRwkO2zdmZLgQSjpuFaHQTP-wQv84hgHPWsnhezdg2xTq-zD0iYE-Iv-77OKxqcPDhoevI7J1tMsmPt38erdOb-tk8nZE5SMRM/s1600/medita%25C3%25A7%25C3%25A3o+um.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIu6E09b_0pdEp0CPl306v3PwCEP1ZaLirMyKHEBC_NGRwkO2zdmZLgQSjpuFaHQTP-wQv84hgHPWsnhezdg2xTq-zD0iYE-Iv-77OKxqcPDhoevI7J1tMsmPt38erdOb-tk8nZE5SMRM/s400/medita%25C3%25A7%25C3%25A3o+um.jpg" width="400" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">
foto de <b>beatriz canteiro
</b><br />
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Não, não rezes por mim.<br />
Nenhum deus me perdoa a humanidade.<br />
Vim sem vontade<br />
E vou desesperado.<br />
Mas assinei a vida que vivi.<br />
Doeu-me o que sofri.<br />
Fui sempre o senhorio do meu fado.<br />
<br />
Por isso, quero a morte que mereço.<br />
A morte natural,<br />
Solitária e maldita<br />
De quem não acredita<br />
Em nenhuma oração<br />
De salvação.<br />
De quem sabe que nunca ressuscita.</div>
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<b>miguel torga </b></div>
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reconheço que não soube aprender com as tristezas e amarguras que a vida me reservou. o meu ser humano errou. perdi humanidade e. em minha defesa. escondi-me de mim mesma - durante muito tempo fingi ser a pessoa mais calma que o mundo conheceu mas reconheço que guardei todo o mal que me fizeram dentro de mim. e deixei que isso corrompesse e destruísse a minha essência - reconheço - por dentro de mim a maldade ganhou forma e hoje entrego o meu espírito ao céu para que se cure de todo o mal que nele houver. porque o mal não me pertence. tenho raízes de bondade sou feita de puro amor - cada lágrima que choro são raízes de raiva e ódio. que carregava dentro de mim - a minha alma agradece a Deus pela oportunidade de libertação. pela oportunidade de crescimento e pela orientação - peço perdão a todos os que magoei sem consciência. peço perdão por não ter conseguido dar-vos o meu melhor - a minha maior fraqueza sou eu mesma. reconheço. aceito-me. liberto-me. entrego-me na obra e graça da luz. a luz mais pura - construí defesas. um castelo feito de pedras. como dizia o poeta. mas as pedras do meu castelo não se transformaram em aprendizagem. o meu interior ferido. deixou-se assim ficar. preso nessa aparência forte e dura como pedra. desenvolvendo egoísmo. egocentrismo e um grande medo de ser feliz - tanto medo criei que destruí a minha felicidade nunca conseguindo entregar o melhor de mim a ninguém - tal como o filho pródigo regresso a casa. à luz. com o corpo fustigado pela culpa reconhecia. que a mea culpa se transforme em luz e toda a maldade de mim se afaste. nada disto é meu. não me pertence. foram subterfúgios que o ego criou - reconheço. peço perdão. ergo os braços para a luz - pai. regresso a casa. percorri o meu calvário. dá-me um abraço. </div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4144659026890319278.post-11386154646039883492016-03-31T08:14:00.001+01:002016-03-31T08:14:16.542+01:00<br>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxg_xGGcRFZ3zStN4DUwku3pIGWIjFyw5pBkMCj_kBqYSc4aCCBrjzwVW6vuXjevGt_3whyPH6XEYYHXSUci41JTwcYLUyavVwG9ZZ6rwOaA4ykmHwjcjjjMsMPOyHsdqyIxgyIt7-6U0/s1600/10565011_1176886688991292_2271199968210249676_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxg_xGGcRFZ3zStN4DUwku3pIGWIjFyw5pBkMCj_kBqYSc4aCCBrjzwVW6vuXjevGt_3whyPH6XEYYHXSUci41JTwcYLUyavVwG9ZZ6rwOaA4ykmHwjcjjjMsMPOyHsdqyIxgyIt7-6U0/s400/10565011_1176886688991292_2271199968210249676_n.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: x-small;"><b>elizabeth gadd</b></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
<span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
<span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
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<span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
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<span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
<span style="font-size: x-small;"><b><br /></b></span>
Se fuga la isla <br />Y la muchacha vuelve a escalar el viento <br />y a descubrir la muerte del pájaro profeta <br />Ahora <br />es el fuego sometido <br />Ahora <br />es la carne <br />la hoja <br />la piedra <br />perdidos en la fuente del tormento <br />como el navegante en el horror de la civilación <br />que purifica la caída de la noche <br />Ahora <br />la muchacha halla la máscara del infinito <br />y rompe el muro de la poesía.<div>
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<b>alejandra pizarnik</b></div>
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<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
nenhuma aflição deveria ocupar o coração - que volte depressa a luz e traga às planícies da pele a calma das primaveras. tudo o resto já passa. com a brisa - quando as noites assim se passam eu cruzo o corpo e fico madrugada adentro a descobrir memórias mais felizes. de rios sem margens e árvores sem copa - nada te direi. silêncio. e chorarei sereias neste mar de sonho - amanhã. quando o deserto regressar e o dourado se instalar no horizonte. tropeço de alegria e deixo-me ficar - hoje vou</div>
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marhttp://www.blogger.com/profile/12190021410356571928noreply@blogger.com2