quinta-feira, 17 de setembro de 2015






 ezgi polat







Partir
en cuerpo y alma
partir.

Partir
deshacerse de las miradas
piedras opresoras
que duermen en la garganta.

He de partir
no más inercia bajo el sol
no más sangre anonadada
no más fila para morir.

He de partir

Pero arremete ¡viajera!

alejandra pizarnik










havíamos de ali passar. ser outono. estalar como as folhas secas - e viver lentamente. como quem sabe que o coração quando parte é para sempre - às vezes abeiro-me do silêncio. como de um precipício. para ali descobrir os teus braços. flácidos. à espera que os meus os segurem - o mundo assim inteiro dói mais fundo - fecho os olhos e sei da tua boca. afogada de lágrimas. gritando o infinito - senta-te no meu colo. cobrirei o teu corpo com os mais belos poemas. aquecerei a tua pele de sorrisos. e a tua existência não mais terá tempo - enche o peito de ar puro. fresco. cor de eucalipto. deixa a humidade entrar. fazer-se musgo. criar raízes - um dia limparemos a casa com perfume de salva e incenso de mirra. e cuidadosamente afastaremos os fantasmas que te impedem a cura - talvez então a vida seja perene. e fechar os olhos te transforme na mais bela princesa que o mundo conheceu -