sexta-feira, 10 de abril de 2009

#22

este poema é feito de gaivotas
com voos estreitos e asas mortas,
gaivotas desgovernadas
e pedaços de penas,
a pairar como peles secas
à tona da pele.

este poema tem versos sem rimas,
a morder algumas ausências perturbantes,
nada superficais, asfixiantes,
temas invulgares, redundantes,

este poema tem uma morte certa
e um ponto final a antecipá-la.

Sem comentários:

Enviar um comentário