domingo, 12 de abril de 2009

#36

eu sei que vou chorar, avó. sei que em meu peito se abrirão as feridas. não vás avó, não vás hoje nem nunca, não dês a mão à morte, não antes que me abraces. e, por favor avó, por favor, deixa-me a tua força se fores, deixa-ma em cima da cómoda, onde guardas os anos passados a ferro, como as camisas do avô, que já te partiu há mais de vinte anos. tenho saudades tuas avó e eu sei que vou chorar.

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