queria cuidar das flores antes da aurora
as verter de orvalho,
queria segurá-las junto ao coração,
fazer-lhes bater as folhas ao leve
sabor do vento.
depois deixá-las cair no regaço da estação
e, com os olhos postos no horizonte,
ensiná-las a voar.
as flores são leves como plumas,
trazem o rosto, aberto em pétalas,
calejado de gestos meigos ou mansos,
são genuínas até no seu lamento,
delicadas como todas as estrelas sem brilho.
se hoje de flores se enchesse o céu
não tiraria mais meus olhos do azul dos teus.
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