ao fundo da rua nasce uma casa pequena. são dois rectângulos muito juntos ladeados por um terreno, onde cresce um jardim desgovernado. a casa tem três janelas viradas para mim e respira ainda o cheiro a cimento das paredes, está parada, como morta, mas traz dentro de si tanta vida que o oxigénio que respiro vem-me dela. à porta, agora aberta, está a senhora, de olhos verdes seguros numa pele gasta, que os anos à muito habitam, cabelo branco, branco como a neve que pelo natal lhe costuma cobrir o telhado. a senhora é a minha avó e a casa é a minha casa.
bom é estar de volta.
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