terça-feira, 21 de abril de 2009

#74

não interessa por onde caminhe, em que pedras perca os pés, em que veredas, o fim será sempre o mesmo, a mesma vida, a mesma rua, a mesma casa e, se possível, o mesmo par de braços no mesmo corpo, onde uma face aguarda um mar de lágrimas com sorrisos a tombar-lhe para o chão. é disto que se fala no costume, na rotina e, ainda que se pense intolerável, é disto que se faz o tempo, a vida, o espaço exteiror ou interior. todas as moedas têm duas faces, todas as pessoas têm duas caras, alegres ou tristes, depende da estação. não interessa, nem ontem interessou, por que caminho andei e andaste, por que trilhos ladeaste a tua solidão. eu hei-de estar, como estive até agora, no mesmo sítio, ao entardecer de todos os abraços, como da primeira vez.

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