quinta-feira, 23 de abril de 2009

#85

é deste lado do douro que se inventam as gaivotas, em voos rasantes junto à ponte, onde se aninham os pássaros miúdos, fora de estação, junto ao muro da sé e eu espero, de braços cruzados, a noite a cair sobre os telhados das casas, semelhantes, a arranhar a cor das águas onde o céu se reflecte. é deste lado que bate o coração, é aqui que se pinta o amor de estações quentes, e se sorri ao par de passos em frente. aqui vive-se como se o amanhã terminasse em breve e ontem fosse tarde para o antecipar. é aqui...

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