quinta-feira, 7 de maio de 2009

#147

longe vai o tempo em que brincávamos e corríamos sem olhar o chão, atrás das borboletas, a fugir aos sardões, colina abaixo até chegar ao rio, que nos esperava tranquilo. e há-de morrer-me esta imagem dentro dos olhos: tu deitada junto ao leito do tâmega, mãos na água e cabeça curva para o reflexo, fechas os olhos enquanto te deitas de costas. dizes: olha está ali um cão. eu olhei em volta e nada vi, mais tarde apercebi-me que falavas das nuvens. 

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