quinta-feira, 7 de maio de 2009

#149

quero morrer como um poema,
solenemente.
esbater-me contra todos os sentimentos
e chegar ao extase,
depois desmembrar-me até que alguém me perceba,
rima por rima,
perder a forma.
devagar esquecer que sou feita de letras,
deixar-me ser outrém,
alguém menos triste, menos isto,
menos eu.

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