quinta-feira, 27 de agosto de 2009

#268

quero esquecer-me das coisas e do mundo em geral, ficar na penumbra a vislumbrar o perfil da vida e ter a certeza que deste lugar todos os sentimentos me parecem pequenos, suficientemente pequenos para não me sufocarem. quero empurrar a dor para fora das veias e ser capaz de a sangrar toda de uma vez, viver depois como se tivesse acabado de nascer e desconhece-se o sofrimento dos gestos, a crise dos afectos, a solidão deste corpo. talvez por agora me pareça boa ideia ficar por aqui, no limiar de qualquer movimento, à espera que me dês a mão e me mostres um caminho mais fácil.

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