sábado, 4 de setembro de 2010
às vezes lia uns poemas, às vezes fumava uns cigarros, para enganar a solidão. ficava só ali de corpo recto à chuva. olhos muito abertos. mãos muito fechadas. às vezes sorria mas só quando ninguém o podia ouvir sorrir. por essa altura falava com os poemas, para enganar a solidão. o homem baixa agora os olhos, ao nível do peito são eles que vêem o que o coração não viu, que há outros que choram, que há outros que ficam a ler poemas até tarde.
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