quinta-feira, 23 de setembro de 2010













esta tarde apareceu-me um poema na soleira da porta. quis dizer-to como quem chama o teu nome por cima das árvores de fruto ou das nuvens cheias. partiu-me a voz. não to disse com medo que chorasses, as lágrimas não tratam bem do peito. repeti o teu nome pela tarde, nos espaços vazios que vão de um braço ao outro. que dois braços são metade de um abraço que virá. e o tempo ficou parado no primeiro verso, apertado ao segundo por um pedaço muito fino de cabelo. não to disse mas o poema na soleira da porta era o teu rosto.



















Sem comentários:

Enviar um comentário