terça-feira, 28 de setembro de 2010
não. não há por dentro da noite nenhuma forma mais bela de te dizer estas coisas. como haveria. se olhar os olhos de noite é como fechar os punhos ou morder os lábios. já não há mãos nem bocas na noite. nem há noite nos lábios ou nas mãos que não há. só o deserto blindado dos rostos amenos. uma voz muito fina, muito fina e esguia, a construir túneis na pele. o corpo é um pedaço inacabado de terra. e não há dentro da noite nenhuma forma mais bela de te dizer que amanhã já não é.
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