quinta-feira, 2 de setembro de 2010
quando à noite grita há noite dentro, quando à noite chora há noite fora. e era assim desde a invenção dos sentimentos, quando lhe enterraram um coração dentro do peito. antes não havia noite nem sombra dela ao fim da tarde, nem existiam gritos e choros nem dentros e foras, antes era o tempo de ver correr o mundo e ir com ele. era-lhe impossível desatar agora os braços do corpo, desamarrar o corpo desse outro onde o coração lhe morava,desapertar os ossos até lhe cairem as dores.
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