domingo, 30 de janeiro de 2011
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Limito tudo ao incerto. Os ruídos
do coração ou da alma ou o que
isso seja de concreto, ou abstracto.
Escolho ao acaso um livro, calço
estes ou outros sapatos, saio
de jeans ou de saias ou de fato,
escolho perfumes raros,
uma gravata, à refeição
um bom vinho
e tudo isto não ser de mim,
de ninguém,
qualquer retrato.
helga moreira
não. não há nada aqui. se olhares de lado. de frente só o coração traz o teu rosto. de lado a história muda de figura. e o perfil é de abandono. não há nada aqui. só um cansado gesto. fugindo. e no gerúndio o resto é um coração vazio.
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