sábado, 5 de março de 2011










É triste ir pela vida como quem
regressa e entrar humildemente por engano pela morte dentro
ruy belo



duas flores de giesta à entrada da porta. um vaso quebrado. ninguém sabe da mãe. quando as luzes se apagam é já tarde na casa. quase morta de espanto. um latido agudo vindo de norte interrompe o silêncio. nenhum cão sobe a rua. não há sequer rua. ninguém regressa. houvesse só o vento. uma chuva miúda. um bocado de nuvem acode à paisagem. ninguém.

- olá avó. voltaste.

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