sexta-feira, 29 de abril de 2011
















Amor é o olhar total, que nunca pode
ser cantado nos poemas ou na música,
porque é tão-só próprio e bastante,
em si mesmo absoluto táctil,
que me cega, como a chuva cai
na minha cara, de faces nuas,
oferecidas sempre apenas à água.

fiama hasse pais brandão






sempre do amor falámos. quando encostavas o coração ao meu peito. cabeça posta na minha. silêncio de mãos dadas. não sei se a verdade é esta. ou se há verdade. ou se há coração ou cabeça. nenhum corpo dos que tenho conhece agora o teu. e é a memória que teima. lança-me no teu sorriso. onde coube o futuro. todo tão grande na boca fechado. para sempre. silêncio. nenhum amor é esse. nenhum. onde procuro o coração não encontra. onde me encontram não está o meu coração.















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