laura makabresku
deste lado da morte
ninguém
responde.
pedro sena-lino
 já quase fevereiro e o tempo passa sem que se note a ferida 
 cresce - tão tarde criança. o corpo tão gasto. como as folhas do jornal daquela infância onde não mais voltarei para te não tornar a ver - e assim perder uma parte de mim que nunca vi. deixei as asas na procissão de nossa senhora dos remédios. e a voz  chama abismo a um pedaço de terra - quero que a avó me mande o castelo que me prometeu - por ser condição humana sonhar. acredito com a mesma força com que fujo à vida. ou a vida me foge 
já quase fevereiro e o tempo passa sem que se note 
a ferida cresce. 
 

 
Sem comentários:
Enviar um comentário