segunda-feira, 15 de setembro de 2014











esben bøg jensen











Sacode as nuvens que te poisam nos cabelos,
Sacode as aves que te levam o olhar. 
Sacode os sonhos mais pesados do que as pedras. 

Porque eu cheguei e é tempo de me veres, 
Mesmo que os meus gestos te trespassem 
De solidão e tu caias em poeira, 
Mesmo que a minha voz queime o ar que respiras 
E os teus olhos nunca mais possam olhar. 

sophia de mello breyner








os dias. cada vez mais pequenos. cada vez mais sós. e os teus olhos. dois buracos enormes. indicam um caminho que já não existe - tanto te quis. tanto te fui. que o mundo inteiro. tão dentro de nós a desfazer-se      - não encontro um silêncio que possa acolher-me. um abraço onde possa esconder-me. uma nuvem onde desaparecer. para sempre - nenhum lugar nos conheceu tão nós. nenhuma boca nos contou como se contam as histórias com um final feliz - sem fim. como uma memória que atravessa o tempo para nos recordar de dias assim pequenos 
































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