mariam sitchinava
Neste lugar transitório mantém-me mendigo
Desviando-me de mim - não
Da tua mão. Dá-me como. Conduz-me
Para a esquerda e para a direita, roda-me sempre
Para a saída
Deixa-me ser a porta no eixo
Posta para trás pela mão de quem entra
Deixa-me ser o chão assiduamente
Quero ganhar a forma
Do degrau
A forma da mão que se abre quando nada tem
E quero a mão, no entanto. Interessam-me alguns instrumentos de posse
A língua para me calar
As rótulas, os calcanhares, os rins
O corpo inteiro, completo
Para morrer
daniel faria
sonhei que corrias. o coração ia-te à frente. batendo em todas as portas - em nenhuma casa me encontra. nenhuma porta se abre - queria correr por ti. correr contigo. mas as minhas pernas imóveis. só em sonhos - e nada te digo hoje. porque não posso. as minhas mãos não reconhecem o teu rosto e os meus olhos. por quem os dias passam como nuvens. envelhecem - para ti reservo um inacreditável mundo novo. onde guardar todas as alegrias. de onde pássaros não migrem. para onde tu sempre corresses. outra vida -
Palavras que respiram por guelras
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