sexta-feira, 10 de abril de 2015





witchoria













Tentei fugir da mancha mais escura que existe no teu corpo, e desisti. Era pior que a morte o que antevi: era a dor de ficar sem sepultura.
david mourão ferreira







na porta de casa repousa um ramo de alecrim e alfazema. atado por uma rama seca. o teu xaile pousado na mesa. e a tua boca fina sorrindo com as mãos presas uma à outra. como quem espera que o amor nunca acabe - haveria de jurar-te o maior amor do mundo. nesta imagem. tal como uma fotografia que a memória não esquece. uma paisagem que te devolve vida - sei que existes pela luz que trago dentro. que como flor cultivaste com sorrisos e carinho - o meu coração é um diamante bruto lapidado pelo tempo e pelos lugares por onde passei - nenhuma dor maior como a de te ver partir. lentamente. pé ante pé. sopro de ar           - suspiro - é por ti que correm os meus braços. por ti toda a minha vida 











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