Começarei morrendo pelo coração.
Gostarei sempre dele, como se gosta do que está extinto, sejam os dragões, os anjos ou as distâncias. Histórias de coisas que não voltam. O meu coração sem visitas perderá a memória e, quando nos separarmos de vez, certamente será mais feliz. Se me perguntarem, direi que nasci sem ele. Jurarei e mentirei sempre.
valter hugo mãe
em novembro os dias encolhem de tal modo. que o coração mingua. e respirar custa tanto. mais do que viver - a poucos dias do meu aniversário tenho pensado mais em ti. e uma vontade tão grande de chorar pelos anos que passaram. pela vida que tenho tido. tudo sem ti - é uma tristeza amena. curta. como os dias no outono. esta falta que me fazes - quero dizer-te o mundo. queres ouvi-lo - fecha os olhos que amanhã é dia. e de olhos fechados a manhã chega mais depressa - assim adormecia - fecho os olhos e as nossas manhãs não chegam - estes dias têm sido a repetição do teu nome - assim como era no princípio. agora e sempre - valentina - e a mesma dor pequena. todos os anos. a tua ausência por direito interrompe os dias. é novembro. e será dezembro. e então grande a dor implode.
Até os inocentes abrirem os olhos
ResponderEliminarem vida