sábado, 5 de março de 2016









elizabeth gadd

















Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,

quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.

eugénio de andrade







todas as palavras não as sabendo. se as pronunciasse. eram como chamar-te pelo segundo nome que só eu sabia. e se eu soubesse o nome que te deram as palavras. não as dizia - nem tão pouco as inventava quando me sentisse só.  sem ti - e todos os silêncios seriam como lembrar-me dessas outras. as palavras. que ao teu nome levaria - e tudo isto me faria acreditar que quanto mais te esqueço mais te lembro - e lembrar e esquecer são o mesmo. quando choro






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