terça-feira, 3 de agosto de 2010
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ao fundo, ela. o corpo suspenso no arame, o rosto iluminado por uma nesga de luz provinda da porta entreaberta. um pouco acima da sua cabeça um carreiro de insectos, em subida. as mãos estão-lhe acima da linha dos seios, ligeiramente inclinadas para a frente, os pés em estado morto, um equilíbrio que engana o olho nú. quando o suor lhe corre na face as pernas tremem um pouco, abaixo da cintura os ossos fazem um ligeiro movimento, na tentativa de deixar ficar o corpo na posição anterior. os olhos são-lhe dois buracos negros em pele branca, muito branca, demasiado branca. a boca ainda aberta, sempre aberta. não sei o nome dela, queria dizê-lo, mas não há nome que a chame.
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