terça-feira, 3 de agosto de 2010
"Se pudesse amar, acreditaria no que amasse, e seria alguma coisa, porem o amor é um obscurecimento e ele sente que nasceu com a visão clara e sem crença na luz (a razão ilumina, indiferente ( o sogro dizia-lhe: "você é um racionalista destituído de afectos, irá longe, mas sem acolhimento", "isso não é verdade": respondia-lhe: "amo a sua filha", "quer dizer, respeita as possibilidades que ela lhe oferece", "e não é isso a que normalmente se chama sentimento?", "esfria-me, você esfria-me", " o senhor deve escrever poemas a horas mortas no escritório", "escrevo a horas vivas, horas mortas são todas as suas"."
rui nunes
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