sábado, 15 de janeiro de 2011











deixa ficar o silêncio. um pedaço de terra tingido de mar. avó. deixa ficar. ando tão triste. todas as portas andam comigo. entreabertas. só um pedaço de mar. frio. no corpo ainda. que o corpo não sabe da tua morte. nem eu a digo. nem eu. avó. tenho saudades tuas. de quando fugias do tempo. da janela onde o teu rosto aparecia todas as tardes. não sei que fazer das portas por onde passaste. e as janelas já não batem com o vento. nem o coração. nem as tardes. e o tempo não foge. ando tão só. ninguém tão perto. avó. não chores. está tudo bem.
















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