sábado, 15 de janeiro de 2011
Nunca o verão se demorara
assim nos lábios
e na água
- como podíamos morrer,
tão próximos
e nus e inocentes?
eugénio de andrade
. a tua pele tão fria. era manhã. o teu corpo magro numa urna pequena. o teu cabelo curto. a tua pele tão pálida. nada te disse. não soube falar. chorava. toda a noite estive a teu lado, rodeada de memórias. levaram-te. nenhuma eternidade te esperava à entrada do cemitério. só meia dúzia de rostos tristes e eu. não pude levar-te ao colo. não soube falar. nem chorar. talvez o meu corpo fosse como o teu. frio. pálido. por dentro da terra.
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