quinta-feira, 8 de setembro de 2011
































leonhard kätzel















quero dizer-te: não morras.
Nem me digas quem és, quem foste, como sabes
a língua que se fala sobre a terra.
Ao lume lanço
toda a vontade de viver, ser vivo,
a cautela do ar, ardendo em torno.
Passarei, terás passado em mim, só quero
dizer-te: não morras nunca, agora, nunca mais.

antónio franco alexandre














pergunto-me: se morresse continuarias a escrever-me poemas - eu sei. nomes próprios não sobrevivem na tua boca. então dá-me nome de mar. ou sol. ou céu. ou árvore. qualquer coisa pequena. fácil de chamar - quando os dias ficarem curtos o meu nome será como água quente na pele. irei com os pássaros dar de comer às nuvens altas - não há regressos quando se vai para o céu













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