quarta-feira, 1 de maio de 2013






laura makabresku 







 Desde a obscuridade
de tudo que tudo é inocente.
Nunca se pode ver a noite toda de súbito.

 herberto helder






se fosses viva hoje seria o teu aniversário - e todas as árvores chamariam o teu nome neste dia de abril em que os pássaros não voltam - talvez por teres morrido já nem abril é o mesmo. já não há sol e as nuvens aquecem os olhos - faz anos que não te abraço. nem me dizes baixinho ao ouvido que tudo vai ficar bem. como pode ficar tudo bem sem a tua pele tão velha a ensinar à minha como construir vida - já o mês acabou e até o dia mas a tua memória permanece a bater-me no coração.




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