segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
ryan kenny
Por um rosto chego ao teu rosto,
noutro corpo sei o teu corpo.
Num autocarro, num café me pergunto
porque não falam o que vai
no seu silêncio aqueles cujo olhar
me fala da solidão.
Esqueço-me de mim. Tão quieto
pensando na sua pouca coragem, a minha
sempre adiada. Por um rosto chegaria o teu rosto,
mesmo de um convite
e desenha no ar o hábito
por que andou antes de saíres
do espaço à sua volta. Estás longe,
só assim podes pedir algumas horas
aos meus dias. Sem fixar a voz a tua voz
é uma corda, a minha
um fio a partir-se.
helder moura pereira
como uma nesga de luz atravessando nuvens. assim vai o presente - dentro dos olhos nasce e morre o teu rosto. como uma impressão que incomoda e faz chorar - à pele vou contando histórias. memórias do que eu quero que aconteça. como se o futuro que espero fosse já um passado que lembro e a saudade do que foi perturbasse o coração - as minhas mãos. sempre tão frias. procuram as tuas. mas eu sei que as tuas mãos não existem. que o teu corpo não está. que o teu coração não parte -
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