mariam sitchinava
e silêncio
à roda dos seus passos,
mas a cada gesto que faziam
um pássaro nascia dos seus dedos
e deslumbrado penetrava nos espaços.
eugénio de andrade
que seja como partir e o corpo nem o perceba - a noite é tão negra que o meu coração um corvo - que a vida não incomode e a pele apenas respire - nenhum mal do mundo me condene - que a tua boca me venha buscar como a um segredo. que a tua voz repita o meu nome. que nada pese. que as mãos não voltem - e se a saudade te perturbar demorar-me um pouco mais - em dias tristes regressamos aos dias imensos onde fomos felizes.
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