quinta-feira, 21 de maio de 2009

#160



casualmente hoje vi os plaggio, casualmente gostei, não por serem alternativos mas porque nos levam para espaços interiores distintos. com os plaggio aprendi a ausentar-me da mesa de café, da sala, do edifício ou da cidade inteira. a cada batida fugimos de nós, esquecemos casualmente quem somos e vamos, consumidos pela energia de um canto a duas vozes indiferentes, com o não jeito de um pássaro que passa sem se aperceber que não tem asas. apagamo-nos do mundo, renascemos como pequenas crianças de bigode. são sete os elementos que nos unem como se fossemos pequenos traços de um desenho: o guitarrista da esquerda, que a cada acorde nos devolve uma realidade ausente, o baixista que migalha a migalha alimenta o curso natural do tempo, o baterista que finge não saber o bom que é sentir o mundo inteiro aos pés e se aparta connosco, o guitarrista da direita que por entre os espaços nos habita, a voz grave que nos desperta, a voz suave que nos embala. são sete os elementos que, casualmente, esta tarde me fizeram sentir viva.

parabéns aos plaggio e um bem-haja
pelos breves momentos que me proporcionaram
na fnac da rua de santa catarina.

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