segunda-feira, 21 de agosto de 2017








jonna jinton







silencio
yo me uno al silencio
yo me he unido al silencio
y me dejo hacer
me dejo beber
me dejo decir

apuñalada por lo ausente
por la espera bastarda
renaceré a los juegos terribles
y lo recordaré todo

alejandra pizarnik




tudo o que aprendi do mundo foi o teu nome. por dentro dos dias escrevo consoantes e vogais. as do teu nome. um nome próprio de princesas. de fadas. de jóias raras. de noites claras - tantas luas novas vi nascer nos teus olhos. tantas noites cobertas de estrelas. a todas dei o mesmo nome. a mesma idade. o mesmo jeito triste de sonhar acordada - eras tu e continuarás para sempre a ser tu. a dar nome às luas novas de todos os planetas - existo dentro do silêncio. guardo em mim todas as palavras que se dizem de coração aberto sem que nenhuma boca se abra. perante a admiração dos olhos - cada dia é uma nova conquista. a conquista da vida que sempre se soube só. e deserta-me o corpo. tão cheio de sentimento - sinto o silêncio pairar sobre mim. como uma aura de luz socorrendo a minha pele. purgando-a das pressas deste mundo onde me acho - encontro-me longe - tenho fé nos deuses que habitam esta terra mascarados de pessoas comuns. heróis com nomes próprios como o teu. é essa fé que preenche quando a tristeza dos rostos se abate sobre mim. é dessa fé que me alimento. para essa fé caminho com o corpo feito de luz e no peito aberto o coração em carne viva - neste tempo-espaço eclipse que a terra conhece. sou lunar e sinto-me nova.