segunda-feira, 17 de janeiro de 2011











tinha só ainda tantas coisas para te dizer. se te lembras da água, do vento, das flores, de mim. de todos os dias, de todas as manhãs frias, da geada nos braços a caminho da escola, da mão sempre dada à minha, de todas as tardes, do monte, dos socalcos, das ervas daninhas presas às pernas, de todas as noites à porta de casa o corpo me esperar. da chuva. dos ossos. da vida que dói. do tempo que passa. se te lembras de chorar, de ficar só. não esperes por mim. não volto. tinha só ainda tantas coisas para te dar. nenhum natal foi nosso, nenhum pinheiro e as mimosas não voltam nem a poça enche. e nem te dei o mar, nem a terra é nossa.



















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