quarta-feira, 31 de agosto de 2011











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leonhard kätzel








eu sou feliz na alegria não sentimental que se manifesta;
o que me fraccionava, partiu:
o que tende para um limite finito, desapareceu;
a mata espessa e o grande bosque florescem;
dobro-me conforme o número, género, grau, modo, tempo,
e pessoa que sou vossa.
E assino.



maria gabriela llansol







invariável mente saber que a menina que falava com os pássaros morreu. que já não são seus os pés que conduzem meu corpo. e o abismo, que se diz ser o destino dos fracos, ser agora tudo pelo que luto. e gostava de chorar por já não serem meus os longos cabelos loiros ou ter perdido, em alguma brincadeira de criança, o laço de cetim. às lareiras, fiéis companheiras em dias curtos, durante toda a vida escreverei poemas, como se poemas chegassem para conquistar o fogo. saber que sempre será minha a solidão não me deixa contente, muito pelo contrário, eu que não rezo, por não saber ou por me faltar a fé, rezaria um pai-nosso ou uma avé-maria por companhia. boa companhia. outro corpo vagaroso e desarranjado, que lesse poemas em voz alta,  soubesse falar com os pássaros e descobrisse por que voam. invariável mente descobrir que os braços me fugiram, para um lugar mais quente, e por ali ficaram a abraçar um corpo.  











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