domingo, 28 de agosto de 2011











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thea eriksson









Durante a primavera inteira aprendo
os trevos, a água sobrenatural, o leve e abstracto
correr do espaço —
e penso que vou dizer algo cheio de razão,
mas quando a sombra cai da curva sôfrega
dos meus lábios, sinto que me faltam
um girassol, uma pedra, uma ave — qualquer
coisa extraordinária.
Porque não sei como dizer-te sem milagres
que dentro de mim é o sol, o fruto,
a criança, a água, o deus, o leite, a mãe,
o amor,

que te procuram.


herberto helder







não há luz que resista e já no fim do verão volta esta tristeza. distraída - quero dizer-te tantas coisas que não posso. nem querendo omitir seja o que for do meu dia. tão curto. tão terno - guardo todos os lugares por onde passei. são teus. escreve sobre eles uma eternidade de bons sonhos - este agosto morreu e as pessoas foram com ele - sinto a tua falta












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