quinta-feira, 15 de setembro de 2011























melanie rodriguez






















Põem a forca ao pescoço como fímbrias

bocas de arame farpado, os nós em fúria
caiados de sangue, frestas, abandonados

são cheios de sal ao sol

são honrados, descobertos
amarrados do artelho ao cós

o surto já lhes vem no convulso,
marcados onde a luz os faz.

alexandre nave









queria dizer: que me doem mais os ossos do peito. não sei se é o coração inchado - vem-me à boca um gosto amargo. de palavras sem consoantes. sílabas como ai ou ui. que não sendo de dor são como se fossem - costumo passar tardes em interrogações várias. sem significado iminente. por que fogem os pássaros. de que fogem os pássaros. para onde vão os pássaros - nenhum céu se repete - quando inspiro perco o equilíbrio e é. mais ou menos em redor do pescoço. que dói muito. como se duas mãos grandes o apertassem - quero dizer: é tempo de ser pássaro.








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