terça-feira, 29 de novembro de 2011















chloe wasp









abro a porta: espera-me o cansaço
de uma casa acabada.
Os passos tinham um desígnio
quando me sentava à janela
a ver a chuva a bater nas oliveiras
e a arvéola a recolher-se no telhado da varanda.
Tu empurravas a porta:
o som:
animal da tua passagem.
E eu reconhecia-te
na sombra trémula do lume
:
os ratos são as horas
da noite, sons da casa
a ruir: a insónia soletra
os números da morte


regressa límpido da viagem:
o silêncio é a história que tem para contar.


rui nunes








os dias. só cá existem para os contar. atrás das noites reproduzidos em onomatopeias - quero dizer-te: não volto nunca mais - mas nunca mais é longe e o tempo passa com os dias - os teus passos estão de visita. por todas as noites - contas-me histórias felizes. um cavalo pequeno. de carrossel. à nossa volta - fica mais um pouco avó. até adormecer. dói-me tanto o corpo. a noite é tão comprida. que não fossem preciso desculpas para o teu corpo me abraçar muito















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