terça-feira, 3 de janeiro de 2012











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adriano sodré





Espantado meu olhar com teus cabelos
Espantado meu olhar com teus cavalos
E grandes praias fluidas avenidas
Tardes que oscilam demoradas
E um confuso rumor de obscuras vidas
E o tempo sentado no limiar dos campos
Com seu fuso sua faca e seus novelos
Em vão busquei eterna luz precisa

sophia de mello breyner andresen









penso sempre que em algum lugar estarás à minha espera. tão longe vai o tempo. tão longas são as horas. que anos atrás de anos passam com os dias onde sei que me esperas - na pele crescem as noites. eu sempre acreditei . madrugada fora e ainda há tantas histórias pela casa. do corpo onde habitaste. dos cabelos que te viram partir - que amanhã nenhum verbo me devolva o teu rosto. ou me incomode o teu nome numa carta sem remetente. escrita na pressa de quem sabe que irá morrer - talvez um dia. quando as noites forem tão demoradas que fechar e abrir os olhos dure anos. que anos sejam tão longos que a vida custe muito. custe tanto que a morte seja o único alívio para todas as dores que o corpo conhece.










1 comentário:

  1. Margarete, consegui (re)encontrar-te.
    Foi bom, pois confesso que tinha saudades de te ler, pois, "Now I'm free".
    Bjs
    Francis

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