segunda-feira, 25 de novembro de 2013










laura makabresku








Olha os meus olhos morena
porque a aventura é ficar
se a minha terra é pequena
eu quero morrer no mar.
Lençóis de algas e peixes
de barcos a menear
no dia em que tu me deixes
eu quero morrer no mar
E se o negro é a tua cor
respirando devagar
depois do amor meu amor
eu quero morrer no mar.

antónio lobo antunes










quando quieta o corpo foge. a pele estala na aridez de outono- de rosto voltado a sul desenho o voo perfeito - e sinto todas essas aves mortas de cansaço. a hibernar afetos como quem escreve canções de amor - falta sempre um pouco mais - é breve e triste o passar dos anos. como suspiros ou arrepios de pele - o que a gente sente é a melancolia de quem sabe que os anos passados já não nos pertencem e uma vontade enorme de os ter - temos memórias mas até essas partem - lembro: o mar estava bravo e o frio no pescoço fazia tremer o corpo. ao longe uma nuvem desaparece no azul -















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