quinta-feira, 7 de agosto de 2014









laina briedis




























Este mundo não presta, venha outro.
Já por tempo de mais aqui andamos
A fingir de razões suficientes.
Sejamos cães do cão: sabemos tudo
De morder os mais fracos, se mandamos,
E de lamber as mãos, se dependentes.

josé saramago













esta terra que já foi prometida. como felicidade em corações assim sós. é um precipício - não sei para que lado da vida me hei-de virar. para que lado do mundo correr. que sentido dar ao espaço de tempo que o corpo não tem - neste país. que só é possível pela força do peito. nascem árvores de fruto. colhe-se cortiça e sabe-se que a vida regressa num futuro próximo. que a pele se acalma com segredos no ouvido. que na boca nenhum beijo. que ao corpo nenhum fim - esta língua carrega uma humanidade que não há. a ternura dos dias tortos. paisagens verdes. e os meus braços muito quietos como um grito - digo amor e a montanha responde. devagar. como uma palavra que o acaso inventou para trazer felicidade a corações assim sós - 













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