quarta-feira, 20 de julho de 2011



























jakob landvik







E tantas tantas tantas ilhas
no mar que não nos limitasse
Como deixar-vos se na linha
deste horizonte aquela praia
tão de repente se aproxima
tão de repente se me escapa
Jorram vulcânicas as crinas
de récuas de éguas subaquáticas
Jorram do fundo. E à superfície
crescem as ilhas assombradas
Eis que de longe lembras liras
mas entre as ondas só navalhas

david mourão ferreira






dos dias serem fundos na garganta quando seca - por falta de água o corpo morre de luz ou calor. a pele envelhece o músculo até ao osso. estou só - talvez mais tarde me lembre da cor dos teus olhos enganando o vento e a precipitação - as planícies são no fundo uma garganta sem fim aparente e quando a boca fecha não há ar que as salve. queria salvar os teus braços como quando num abraço me disseste que a vida nunca acaba. queria enganar a saudade. mudar de posição o corpo. voltá-lo para a sombra - já tarde vai o coração quando adormeço e ninguém está. não há regresso.











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