sábado, 16 de julho de 2011






































margaret durow





O teu corpo é um território sim
deixa-me pensar que é assim e
assim o percorro em círculos
não o percorro sim apenas nele
sinto texturas cores cheiros ecos
mas penso em obstáculos não
não digas não é um território é
digo eu e digo e com fronteiras
por isso a progressão deve ousar
também não se pode parar não
há tempo o que falta não é tempo
não existe fim para esta expedição.


carlos alberto machado






ao teu corpo escrevi odes - eu sei. a pele treme. é de facto a hora de partir. já de facto não nos resta tempo. estivemos tão perto um do outro e tão pouco dissemos - palavras são tão importantes como água. e tu sabes como gosto de água - mais tarde que me lembres em dias felizes. sempre estarei contigo. até ao amanhecer o tempo é todo nosso. embora saiba que mundo é este onde todo o corpo dói - o que quis dizer-te foi como dói. em que dias de tão forte a dor o encolhe. em que dias minga e fica tão pequeno tão pequeno - o corpo é pequeno e o coração tão grande.




















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