quinta-feira, 7 de julho de 2011














Levar-te à boca,
beber a água
mais funda do teu ser -

se a luz é tanta,
como se pode morrer?

eugénio de andrade







dar à terra o coração. que a morte é bela onde o corpo cria raízes - só queria que fosses feliz. que como as aves voasses . que do corpo conhecesses bem a ausência e a solidão - faz do teu peito um alarme de tragédias e não chores. quando eu morrer construo uma cidade de nuvens - seremos felizes. tu sem chuva eu dentro dela - que no fim saibas de mim nos dias de calor. todos os dias - farei um mundo quente que arderá nos lábios como um beijo. como todos os beijos que te dei - que saibas que eram minhas todas as florestas do mundo. e todas as flores crescerão para a terra - quando eu morrer que te tenha criado raízes.











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