domingo, 7 de agosto de 2011




















Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio
E suportar é o tempo mais comprido.

Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que um só de Teus olhares me purifique e acabe.

Há muitas coisas que não quero ver.

Peço-Te que sejas o presente.
Peço-Te que inundes tudo.
E que o Teu reino antes do tempo venha
E se derrame sobre a Terra
Em Primavera feroz precipitado.



sophia de mello breyner andresen







as aves vão. de passagem. talvez me recordem com alguma saudade. lá desses lugares por onde passam ou para onde migram quando o frio chega - tenho medo de morrer de frio. também eu deveria migrar - adeus. vou de viagem. mais tarde os meus ombros nus procurarão os teus. em tempos mais quentes. com lareiras acesas e o vento de leste zumbindo à janela.












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