segunda-feira, 2 de julho de 2012







bella kerstens















caminhar no deserto, reencontrar a magia das palavras e usá-las com maior ou menor inocência, como se as usássemos pela primeira vez, como se acabássemos de as desenterrar das areias. as palavras, esses oásis envelhecidos que me revestem o corpo como um trapo que sempre me tenha pertencido... [...] a partir desse momento acumulei infindáveis cadernos escritos; era esta a única maneira de remediar o medo e de não possuir nada, e de ter possuído tudo.


al berto














não sei o que têm os pássaros quando em bandos voam mundo fora. vão libertar paisagens - noutro lugar também hei-de ser pássaro e as minhas asas rasgarão a pele de claridade e sol - vou. talvez não regresse. que os dias são bons em viagem. porque o corpo só não sente - um dia tudo há-de voltar a estar no lugar correcto e os pássaros voltarão a casa - por agora basta-me saber que em algum lugar alguém me espera






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